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Mamã da Di

Mamã da Di

28
Mai18

2 meses de docinho de côco

Juh

2 meses de ti, minha Diana. A acrescentar aos 9 em que éramos apenas nós, já te conheço como ninguém.
Sei decifrar o motivo do teu choro, o teu olhar ensonado e até as tuas vontades. Continuas comilona, não tanto quanto dorminhoca. Já aprendeste a cuspir a água que, a tanto custo, te dou.
Derreto-me com o sorriso matinal que esboças quando me vês.
Nada te satisfaz mais que a tua Maria Pê (a fiel companheira, de noite e dia). Já vais gostando mais da Maria Sansão, graças ao cheiro que lhe deixo durante as noites em que dorme comigo. Os banhos com a Avó continuam a ser sagrados, ao ponto de chorares sempre que te tira da banheira. O maior problema é calçar-te: não gostas, nem um bocadinho, de meias. Resta-me continuar a tentar!
Descobriste, recentemente, o quão divertido pode ser uma câmara de um iPhone, ver babytv na espreguiçadeira ou dançar o fantasminha brincalhão (entre tantas outras músicas que passam no telemóvel da Avó).
És inquestionavelmente uma bebé linda, e não há quem não se derreta contigo.
Um dia gostava que lesses os meus textos e reparasses o quão fascinada sempre fui contigo.
Ao teu lado todos os côcos se tornam pouco doces, minha Diana

29
Abr18

O meu parto

Juh

Na semana anterior ao nascimento da Diana, fui fazer o CTG, que não acusou uma única contração. Pensei: "O parto vai ter de ser provocado, ela não está com intenções de sair". E assim foi, até ao fim. Não tinha qualquer sintoma de que o parto se aproximava. Decidi continuar, sem pressas, a usufruir os últimos momentos desta gravidez tão intensa e feliz.
No dia 27 de março acordei às 10h completamente encharcada. O grande momento tinha chegado, antes da data prevista! Acordei a minha mãe e o meu namorado, telefonei ao meu pai. A minha avó, convicta (tal como eu) que ela não nascia antes da Páscoa, tinha bilhete de comboio para as 17h30.
Num misto de alegria e ansiedade, decidi avisar a minha médica por mensagem. Eu e o Diogo fomos andando para o hospital, onde verificaram, através do maldoso toque (confesso que é desconfortável), que já estava com 3 dedos de dilatação. A boa notícia: apesar de não ter dores, já podia levar epidural (iupiiii!). A má notícia: nada de contrações = indução do trabalho de parto. Já com o soro, levei a bendita epidural. A primeira dose foi fantástica, confesso. Entendi o porquê de quase todas as mulheres optarem por ser anestesiadas. Continuei com os mesmos dedos de dilatação por mais algum tempo. Um médico foi ver-me e disse-me que o mais provável era que nascesse ao final da noite. Passadas algumas horas, já estava com 5 dedos de dilatação. Continuava deitada, mas comecei a sentir-me um pouco desconfortável com dores. Pedi outra dose de epidural. Esperei um pouco e nada de efeito. Disse à minha mãe, que me acompanhou a maior parte do tempo, para ir lanchar. Pedi outra dose de epidural, mas continuei sem sentir melhoras. Já não tinha posição, mas não me queixava. Tentei distrair-me a ver as ecografias da minha Di e preparei uma playlist para o momento em que entrasse na sala de partos. Por volta das 18h30 decidi chamar a minha médica. Afinal a epidural não tinha resultado comigo. Quando a Dra.Marta me fez outro toque, entendemos a razão de tantas dores: de repente já estava com 10 dedos de dilatação, sem ter feito os exercícios que aprendi na bola de pilates ou qualquer caminhada pelo corredor do hospital! Telefonei ao Diogo, que entretanto tinha ido descansar um pouco (convicto que esta dilatação ainda ia demorar). Chegou a tempo de entrar comigo na sala de partos, caso contrário teria entrado com a minha mãe, morta por assistir ao nascimento da neta. Durante 10 minutos senti que não ia aguentar mais. Quando as minhas forças se estavam a esgotar, o Diogo começou a ver a cabecinha da Diana, e isso foi mais do que suficiente para que eu continuasse. Pouco antes das 19h, muito apressada e nada inchada, nasceu a minha boneca com 48 cm e 3.060 kg. Voltei a chorar, mas desta vez de felicidade: já tinha, nos meus braços, o Amor mais pequeno e maior que alguma vez conheci.

22
Abr18

Ser mãe

Juh

Hoje, sei que ser mãe é muito mais do que carregar uma bebé ao colo. Ser mãe será carregar com toda a vida da Diana, para sempre.
Carregar as suas dores, como carreguei desde o primeiro minuto. Carregar a sua fome insaciável, as birras de sono, as cólicas que teimam em não passar. Carregar a expectativa dos primeiros passos, temendo que não queira voltar para os meus braços. Carregar as suas alegrias ainda com mais entusiasmo do que alguma vez carreguei as minhas.
Carregar o seu crescimento com um misto de alegria e saudade.
Carregar os amiguinhos, as primeiras paixões, as confidências que me ficarão reservadas.
Carregar, por fim, a sua liberdade, acreditando que nunca se irá esquecer da nossa dependência.
Não há dúvidas: quando somos mães o coração amplia de tamanho ao ponto de transbordar aquilo que de melhor há em nós.

14
Abr18

Felicidade plena

Juh

No dia 27 de março de 2018 encontrei a felicidade plena. Claro que existem horas de maior aflição (sobretudo com as cólicas) e momentos de desorientação ao tentar decifrar o seu choro, porém tudo se torna insignificante perante aquilo que de positivo trouxe às nossas existências. Tem 48 cm mas já é mais ciente do Amor do que muitos adultos. Tê-la ao meu colo é sentir uma paz inexplicável - aquela que faltava na minha vida. Os seus olhos verdes, sempre atentos ao mundo, parecem entender tudo o que a rodeia. Em mim nasceu uma mãe serena, não obstante todas as inseguranças que me assolam. Peço, todos os dias, para que o tempo passe mais devagar. A sensação de poder ver uma filha crescer, linda e saudável, é a melhor que já senti. Tudo mudou em mim, mas para melhor. Nesse ciclo de acertos e falhas, aos poucos estou a tentar tornar-me na personagem principal da história da vida da Diana.

 

17
Mar18

38 semanas - Recordar os primeiros tempos

Juh

Hoje chegámos às 38 semanas.
Não sei explicar aquilo que sinto. Foi tão bom vê-la crescer dentro de mim! Se por um lado estou ansiosa, por outro sei que estou a viver os últimos dias/semanas desta fase tão boa, pelo que não me importo nada que permaneça na minha barriga até dia 31. Estes meses não foram propriamente fáceis, mas tiveram momentos muito felizes. Quando soube que ia ser mãe, comecei a pesquisar na internet, nomeadamente em fóruns de grávidas, e tentei adivinhar se seria uma menina (como sempre desejei) ou um menino. Fiz o teste da agulha e ouvi palpites de várias pessoas, que, apesar da barriga ainda ser pouco visível, teimavam em dizer que o meu corpo era indicador da gravidez de um menino. A minha mãe foi a única, desde o início, que suspeitou que ia ter uma neta, no entanto, decidiu começar a chamar "pirulito" quando se queria referir ao bebé. Começámos a falar, sobre tudo, com o pirulito, como se nos conseguisse ouvir e compreender. No início de agosto, decidiu pregar-me um susto: quando regressámos de uma ida ao shopping, fui à casa de banho e reparei que estava a perder sangue. As perdas prolongaram-se por outros dias, porém tentei tranquilizar-me ao pensar que o sangue era castanho e que não sentia contrações. Estive de repouso, e acreditem que custou BASTANTE! As temperaturas estavam insuportáveis, para além de me ter apercebido que o dia do meu aniversário estava prestes a chegar. Como iria passá-lo se qualquer esforço que fizesse poderia implicar a perda do bebé? Eu, que dava tanta importância ao dia 11, teria de ficar, na pior das hipóteses, no sofá a comemorar...Nada que se comparasse aos restantes anos.
As perdas, felizmente, pararam, mas decidi não arriscar e organizei um jantar, perto de casa e apenas com as pessoas mais próximas. No meu 22 aniversário, recebi, pela primeira vez, um postal escrito pelo meu pirulito e uns brincos lindos. O tempo foi passando, e a minha barriga começou a criar dúvidas entre os desconhecidos. Chegou, finalmente, o dia da minha primeira ecografia com o Dr.Arriaga: o dia em que soube que, muito provavelmente, em breve estaria concretizado mais um dos meus sonhos - ser mãe de uma menina.

10
Mar18

O início da gravidez

Juh

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No dia 26 de Julho soube que ia enfrentar uma nova e tão difícil responsabilidade: ser mãe. Depois de 6 dias sem a menstruação na data prevista, uns apetites que nunca sentira (a meio da noite, imaginem!) e um enjoo que me obrigou a ir beber chá nessa manhã, fomos à farmácia e decidimos comprar um teste de gravidez. Ironia das ironias, tive de comprar outro passadas umas horas, pois a ansiedade era tanta que andei de um lado para o outro com o teste enquanto aguardava pelo resultado...Depois de ter ficado amuada com o Diogo porque foi trabalhar e não esperou por saber se as minhas suspeitas se confirmavam, olhei, ao lado da minha mãe, para o ecrã do clearbue que dizia: "Grávida". Olhei muitas vezes até conseguir acreditar, confesso. Soube, de seguida, que ainda estava de 2-3 semanas. A nossa reação foi um longo abraço e muitos risos de felicidade. Desde esse dia, em que consegui meter o meu namorado a chorar baba e ranho, amei o ser que se estava a formar dentro de mim. Foi um amor sem culpas, um amor que soube, de imediato, que nunca se ia esgotar. Estava, irremediavelmente, apaixonada para todo o sempre. Sempre quis ser mãe cedo, porém não estava nos meus planos, depois do ano duro que estava a viver, em que a minha mãe batalhava contra um cancro da mama, ter uma notícia tão feliz à qual me podia agarrar para continuar a ter força. Este blog pretende partilhar os anseios e peripécias de uma mãe com 22 anos, atualmente na reta final da gravidez. 

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