Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Mamã da Di

Mamã da Di

29
Abr18

O meu parto

Juh

Na semana anterior ao nascimento da Diana, fui fazer o CTG, que não acusou uma única contração. Pensei: "O parto vai ter de ser provocado, ela não está com intenções de sair". E assim foi, até ao fim. Não tinha qualquer sintoma de que o parto se aproximava. Decidi continuar, sem pressas, a usufruir os últimos momentos desta gravidez tão intensa e feliz.
No dia 27 de março acordei às 10h completamente encharcada. O grande momento tinha chegado, antes da data prevista! Acordei a minha mãe e o meu namorado, telefonei ao meu pai. A minha avó, convicta (tal como eu) que ela não nascia antes da Páscoa, tinha bilhete de comboio para as 17h30.
Num misto de alegria e ansiedade, decidi avisar a minha médica por mensagem. Eu e o Diogo fomos andando para o hospital, onde verificaram, através do maldoso toque (confesso que é desconfortável), que já estava com 3 dedos de dilatação. A boa notícia: apesar de não ter dores, já podia levar epidural (iupiiii!). A má notícia: nada de contrações = indução do trabalho de parto. Já com o soro, levei a bendita epidural. A primeira dose foi fantástica, confesso. Entendi o porquê de quase todas as mulheres optarem por ser anestesiadas. Continuei com os mesmos dedos de dilatação por mais algum tempo. Um médico foi ver-me e disse-me que o mais provável era que nascesse ao final da noite. Passadas algumas horas, já estava com 5 dedos de dilatação. Continuava deitada, mas comecei a sentir-me um pouco desconfortável com dores. Pedi outra dose de epidural. Esperei um pouco e nada de efeito. Disse à minha mãe, que me acompanhou a maior parte do tempo, para ir lanchar. Pedi outra dose de epidural, mas continuei sem sentir melhoras. Já não tinha posição, mas não me queixava. Tentei distrair-me a ver as ecografias da minha Di e preparei uma playlist para o momento em que entrasse na sala de partos. Por volta das 18h30 decidi chamar a minha médica. Afinal a epidural não tinha resultado comigo. Quando a Dra.Marta me fez outro toque, entendemos a razão de tantas dores: de repente já estava com 10 dedos de dilatação, sem ter feito os exercícios que aprendi na bola de pilates ou qualquer caminhada pelo corredor do hospital! Telefonei ao Diogo, que entretanto tinha ido descansar um pouco (convicto que esta dilatação ainda ia demorar). Chegou a tempo de entrar comigo na sala de partos, caso contrário teria entrado com a minha mãe, morta por assistir ao nascimento da neta. Durante 10 minutos senti que não ia aguentar mais. Quando as minhas forças se estavam a esgotar, o Diogo começou a ver a cabecinha da Diana, e isso foi mais do que suficiente para que eu continuasse. Pouco antes das 19h, muito apressada e nada inchada, nasceu a minha boneca com 48 cm e 3.060 kg. Voltei a chorar, mas desta vez de felicidade: já tinha, nos meus braços, o Amor mais pequeno e maior que alguma vez conheci.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub